[CLÁSSICO] Brancaleone e as Cruzadas (Brancaleone Alle Crociate) 1970
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Nesses tempos de intolerância religiosa, questionamentos éticos e violência racial, para aplacar um pouco as minhas angústias e os meus tormentos existenciais, assisti a "Brancaleone nas Cruzadas", outra obra-prima de Mario Monicelli. A sugestão me foi feita pelo jornalista Ivan Kasahara, um visitante bissexto deste espaço na web. Recomendo a todos que também vejam este filme (disponível em DVD). Porém, contemplem a película com o espírito desarmado, evitando, se possível, comparações com "seu irmão mais velho": O Incrível Exército de Brancaleone, inclusive, já comentado aqui em 17 de março deste ano.
De acordo com a sinopse oficial, o aventureiro Brancaleone (Vittorio Gassman, sempre ele) e seu exército de trapalhões partem para um outro desafio: a conquista do sepulcro sagrado. Contudo, todo seu exército é massacrado em uma emboscada. Depois, ao longo de sua caminhada se unem a ele um anão, uma bruxa maluca e um masoquista que chora copiosamente quando Brancaleone o chuta. Em sua cruzada, nosso destemido cavaleiro acaba se envolvendo em um conflito entre dois rivais, o Papa Clemente e o Papa Gregório, que brigam pelo pontificado romano. Muita ação, humor e aventura com Brancaleone, um herói debochado, irreverente e muito engraçado...
Gente, não é só isto, acreditem! Brancaleone Alle Crociate traz, sim, irreverência, humor (?) – o diretor é conhecido por sua acidez e contundência ao fazer o espectador sorrir -, denúncias, efeitos especiais (!), rivalidade familiar, cisma religioso, críticas corrosivas à ação da Igreja, fanatismo, mentiras, embustes, ambição, amor, poesia, fidelidade, trapaças, compaixão, solidariedade, duelo contra a morte e muito mais. Podemos até citá-la como uma obra precursora de hightech em cinema. Lá encontramos um breve ensaio de Matrix (a seqüência na qual Brancaleone se abaixa para fugir das lanças inimigas) e truques de desaparecimento (quando a bela e sapeca bruxa, deliciosamente vivida pela linda Stefania Sandrelli, tem que provar que é uma feiticeira). Nunca é demais lembrar que tudo isso em 1970.
Apesar da ausência de um roteiro tradicional, a "trama" é construída para que as piadas e situações insólitas possam trazer aos nossos olhos as idiossincrasias do ser humano: ciúme, inveja, traição, sordidez. Os responsáveis por isso, além do diretor Monicelli, são Agenore Incrocci e Furio Scarpelli, autores do texto. Quem não se lembra daquela piadinha sem-vergonha do cara que enganou a morte?
Um singelo desenho animado faz parte da abertura, repetindo o início do primeiro filme. Para em seguida nosso herói, cercado de colaboradores esfarrapados - estereótipos ainda hoje estigmatizados pela sociedade ocidental -, surgir em direção às Cruzadas, ajudando os cristãos a retomar dos mouros a terra santa, liderados por um fanático religioso que atravessa um lago e acredita estar na África! A história contemporânea pode comprovar... . Pelos caminhos, muitas confusões e situações extraordinárias. Há no filme uma série de seqüências tão típicas da Idade Média transformadas em tom de paródia.
Didaticamente, Brancaleone Alle Crociate se desenvolve por meio de quadros devidamente identificados por letreiros, como "Primeira Conversa de Brancaleone com a Morte" e etc. Haja humor negro.
A maneira irreverente que Mario Monicelli produz seus filmes fascina o público, gerando ainda reconhecimento da crítica. Segundo Leon Kakoff, ele tem a magia de brincar com as platéias e tirá-las do sério pelo tempo que bem quer. Baseado nisto, nunca poderemos esquecer de "Parente é Serpente" (Parenti Serpenti), de 1993. Só para não deixar passar em branco, quem bebeu na fonte da saga de Brancaleone foi o grupo Monty Python.
A lamentar apenas a falta da seqüência das aventuras de Brancaleone de Norcia (bem que poderia ter sido uma trilogia, caramba!). Pena, mas fica em nossa memória afetiva a música-tema do filme ("Branca, branca, branca... Leon, Leon, Leon!") e os nossos eternos aplausos ao gênio criador e à sua grandiloqüente criatura. Deus salve Vittorio Gassman. Outra grata surpresa foi poder rever Adolfo Celi, um dos responsáveis pela qualidade do teatro e do cinema contemporâneo do Brasil.
O elenco é formado pelo Vittorio Gassman, Adolfo Celi, Stefania Sandrelli, Beba Loncar, Gigi Proietti, Lino Toffolo, Paolo Villaggio, Gianrico Tedeschi, Sandro Dori, Ceuru Abgui, Djamel Abu, Christian Aligny e Franco Balducci, dentre muitos.
Qualidade do Video: DVDRip
Audio: Italiano
Codec Audio: Mp3
Tamanho do arquivo: 700Mb
Quantidade de Midias: 1
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crédito: Gianni Paolo
2 Comments:
poxa essa legenda não esta funcionando aqui, pq será?!
Porra, este torrent é a mesma merda que esta no makingoff. Pelo amor de deus, se a legenda tá podre faça o favor de não ficar postando lixo, sua besta quadrada.
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